Plantar Hoje a Pensar no Amanhã
Pelo 5º ano consecutivo, o “Plantar o Futuro” tornou a Universidade de Aveiro mais verde e, no dia 4 de outubro, desafiou a comunidade académica a adotar uma árvore nativa, cuidar dela, e ajudar a criar uma floresta.
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© João Simões, Helder Berenguer
Num mundo onde as mudanças climáticas e a degradação ambiental se tornaram uma ameaça cada vez mais real, é fundamental agir agora para proteger o nosso planeta e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações. Apesar do desafio ambiental, que no presente enfrentamos, ser complexo, muitas vezes é com as ações mais simples que encontramos a solução. Como cidadãos do mundo, cada um de nós tem um papel a desempenhar na preservação do meio ambiente.
Uma das maneiras mais impactantes e simples de contribuir para um futuro mais verde é plantar uma árvore. Cada árvore que colocamos na terra é um símbolo de esperança, de compromisso para com a restauração dos nossos ecossistemas e um sólido passo na direção em prol de um mundo melhor. A importância da restauração florestal não pode ser exagerada. Árvores bem escolhidas e plantadas nos lugares certos, têm o poder de absorver uma quantidade significativa de dióxido de carbono, contribuindo para a mitigação das alterações climáticas, resiliência contra incêndios e conservação da biodiversidade. Além disso, prestam outros tantos “serviços de ecossistema” muitas vezes descurados - filtram poluentes atmosféricos, ajudam os insetos polinizadores ao providenciar alimento, servem de abrigo para as aves e outros animais, fixam os solos, diminuindo a erosão e as cheias, filtram a água, fazem sombra, e muito mais.
No dia 4 de outubro, no espaço de apenas três horas, conseguimos mobilizar 922 participantes - alunos, docentes e funcionários da Universidade de Aveiro (UA) - para plantar o futuro. Um envolvimento humano que demonstra que, se forem dadas as ferramentas e a oportunidade, os jovens estão dispostos a ajudar, verdadeiramente, o planeta - a serem voluntários pela natureza! Uma participação que ultrapassa os números do ano passado (883 adotantes) e que não teria sido possível sem as parcerias com a Faina Académica e a Associação Académica da UA que ajudaram a “passar a palavra” e a mobilizar centenas de participantes para o projeto, com os cursos de Biologia, Engenharia Mecânica e Ciências Biomédicas a liderar a tabela. Mas os adotantes não foram apenas alunos - docentes, funcionários, investigadores e, este ano, pessoas externas à UA, aceitaram também o desafio de cuidar de uma árvore durante quatro meses.
No total foram 930 as árvores nativas “adotadas”, mais 50 do que o ano passado. Este ano tivemos para adoção o carvalho–alvarinho (Quercus robur), mascote do projeto, o incrível sobreiro (Quercus suber), o destemido medronheiro (Arbutus unedo) e o valente loureiro (Laurus nobilis). Eles que são os verdadeiros campeões da restauração da floresta autóctone portuguesa e os defensores da biodiversidade que fazem da floresta o seu lar.
A nos ajudar neste importante dia, a transportar e entregar as árvores, esclarecer dúvidas aos participantes e muito mais, tivemos a Comissão de Faina de Biologia e o Núcleo de Estudantes de Biologia - AAUAv. A estes juntaram-se os voluntários da SEEDS Iceland, a associação islandesa com a qual estamos a desenvolver o F.O.R.E.S.T. - Foster Environmental Strategies for Change, um projeto apoiado pelo Programa Erasmus+ da União Europeia através da Ação-Chave 2: Parcerias de Pequena Dimensão. Uma equipa de quase 40 pessoas, unidas por um objetivo comum, tornar este projeto uma realidade.
A verdade é que não podemos subestimar o impacto que as nossas escolhas individuais têm no planeta. É da nossa responsabilidade agir agora para garantir que as gerações futuras herdam um mundo sustentável e próspero. Uma vez mais, “se cada um de nós plantar uma árvore, um dia teremos uma floresta”.
O Plantar o Futuro é organizado pela Agora Aveiro em colaboração com a Universidade de Aveiro e o Município de Estarreja. Conta com o Glicínias Plaza como "Main Partner", a RODI Industries, a Floema e a Caetano Auto como “Golden Partners” e a SIRO - Substratos Profissionais, Casa Martelo e Cesta Cheia como “Silver Partners”. É feito em parceria com a Comissão de Faina de Biologia, o Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, o Núcleo de Estudantes de Biologia - AAUAv, a Faina Académica, a Associação Académica da Universidade de Aveiro e o Exodus Aveiro Fest. Tem ainda o apoio do Município de Aveiro, do Programa "Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas" e do IPDJ - Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P..
Inês Nunes