Foram mais de 4500 os jovens dos vários países da União Europeia presentes em Estrasburgo para discutir e partilhar ideias sobre o futuro da Europa, nesta que foi a 3ª edição do EYE. Este evento tem este ano particular importância, uma vez que se insere no processo de consulta da juventude para a conferência sobre o futuro da Europa (CoFoE). Ao longo dos dois dias de evento presencial, muitas foram as ideias discutidas e exploradas em diferentes conversas e workshops. Os temas abrangeram diversas áreas, como alterações climáticas, sustentabilidade ou direitos humanos e democracia. No final, as ideias foram votadas, tendo as 20 melhores sido consolidadas num relatório apresentado e discutido no debate político da Conferência.
A localização do evento por si só já o tornava especial; e aliando a isso a presença de jovens de toda a Europa para discutir o futuro desta, conferiu-lhe um enorme potencial. A tentativa de aproximação dos jovens europeus à zona das decisões é, de facto, de louvar, porque nós somos o futuro, e é necessário ouvir as nossas vozes já, para que o futuro chegue da melhor forma possível. Todos nós vivemos em diferentes realidades, atuamos em diferentes ambientes e comunidades. Tudo isto, confere-nos um importante valor, tanto a nível local como global. Todos partimos de problemas e perspetivas distintas, mas cada um conhecedor da sua realidade e dos desafios que enfrenta. O poder ter reunido todas estas visões, no espaço comum de debate europeu foi, sem sombra de dúvidas, uma mais valia, tornando este evento bastante enriquecedor. Para além disso, este evento veio mostrar que todos temos uma voz ativa; que para além da atuação ativa na comunidade local, é importante a nossa envolvência em algo global, como o futuro do nosso continente. Não obstante tudo isto, a representação dos decisores políticos deixou muito a desejar, ficando bem aquém das expectativas. 

Apesar disso, foi uma boa experiência, mostrando vontade por parte das Instituições de fazer diferente. Foi também uma excelente oportunidade para conhecer novas pessoas e ideias e para construir uma perspetiva mais abrangente e conhecedora da Europa como uma União de países; este bem tão extraordinário, que a maior parte de nós dá por garantido, mas que cada vez mais nos tem de deixar orgulhosos por aquilo que vai alcançando.