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Como cuidar de nós e fazer disso um hábito?

Desmistificar as nossas emoções e conceitos da saúde mental sendo algo acessível a todos de uma forma honesta e compreendida, num cenário ao lado do mar Báltico, em Liepaja

Tempo estimado de leitura: 2 minutos e 7 segundos

© Mariana Almeida

Cada vez mais se fala na importância da saúde mental, de uma boa comunicação entre pessoas, de saber ser um bom mentor, quer para os outros quer para nós mesmos. Apesar de ouvirmos falar disto muitas vezes, faltam as ferramentas certas para começar a trabalhar.

A organização Radi Vidi Patz proporcionou-nos dez dias de formações com três orientadores diferentes que nos vieram ensinar sobre três áreas. Aprendemos sobre como abordar os nossos desafios emocionais e mentais de uma forma eficiente, dinâmica e muito elucidativa: primeiro, através de uma breve apresentação teórica que, de seguida, era posta em prática, promovendo sempre a interação entre participantes. Partilhámos como é visto este assunto tão importante nas organizações e países de onde cada um de nós vinha e as mudanças necessárias para tornar a sociedade mais ciente do mesmo. Pudemos identificar a síndrome de “burnout” e perceber como é tão fácil lá chegar e ignorar todas as vertentes a si ligadas, assim como pudemos reconhecer o voluntariado como uma ferramenta e rede a alcançar um potencial de cooperação internacional.

Esta aprendizagem decorreu de vários workshops, através da comunicação e cooperação da equipa na partilha de experiências, sempre acompanhado de risos, algumas lágrimas, numa atmosfera descontraída e sem faltar claro, música, muita música.

Foram 10 dias de crescimento pessoal, a criar conexões com pessoas de 9 países europeus diferentes, a partilhar histórias, emoções e aprendizagens ao lado do mar Báltico em Liepaja, Letónia. Conexões não só com as outras pessoas, mas também comigo mesma, fechar velhas portas e conseguir responder a várias questões que comigo perduravam há anos, sentir-me livre e responsável por aquilo que estava a criar de novo em mim. Aprender a estar “aqui e agora”, sentir-me ligada à natureza de uma forma que achei que fosse completamente louca nos primeiros dias, e nos últimos já só queria fazer a minha caminhada pela praia de areia branca e voltar a ver aquela casa onde tantas pessoas foram honestas e vulneráveis e nada mais do que elas próprias. Pessoas, lugares e momentos esses que trouxe comigo para Portugal.

A mobilidade dos trabalhadores jovens “Caring as Second Nature” é financiada pelo Programa Erasmus + da União Europeia que na Letónia é administrado pela Agência para Programas Internacionais para a Juventude.

Mariana Almeida